quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Anos 60 : rock movido a drogas

1.
O que têm em comum as bandas de rock dos anos 60, além de fama e sucesso? Drogas, responde o jornalista Mikal Gilmore, da revista 'Rolling Stone'.
Foi pensando nelas, como fonte de inspiração dessas bandas e motivo da destruição de alguns de seus músicos, que o autor escreveu as longas 439 páginas de 'Ponto Final', que a Cia. das Letras acaba de lançar, com tradução de Oscar Pilagallo.
As maiores lendas do rock se movimentam loucamente nesse ensaio, uma seleção de artigos sobre os artistas pop da Europa e América que moldaram uma época e um movimento. O ideário pop do pós-guerra está todo aqui, descarnado e chocante.
O autor abre o livro com os Beatles, no auge de sua celebridade, fazendo um perfil detalhado de seus quatro componentes mas se debruçando particularmente sobre George Harrison e John Lennon, lembrando que o assassino deste fuzilou-o com quatro tiros à queima-roupa, tendo em uma das mãos o romance 'O apanhador no campo de centeio', de Salinger, o que exacerbou o seu já patológico processo de reclusão.
2.
Gilmore escreve também sobre a tumultuada carreira das bandas Led Zeppelin, Pink Floyd e Doors, com as drogas pesadas sempre presentes em seus ensaios e excursões mundiais.
De todas essas, a mais vulnerável à cocaína e à heroína foi The Doors, particularmente seu líder e compositorJim Morrison. Sua decadência, forçada pelas drogas e pelo álcool, fez dele um trapo humano.
Morrison morreu de overdose em Paris. O médico legista, em seu apartamento, comentou com a mulher dele - 'Você disse que ele tinha apenas 27 anos? Pela sua aparência, eu ia escrever 57...'

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